Muito se fala atualmente sobre agricultura orgânica, uma tendencia de mercado principalmente para agricultores familiares, mais para a certificação orgânica, tem-se que abrir mão de algumas coisas, entre elas se destaca o uso de herbicidas, então vamos aqui pegar um trecho de um trabalho de revisão bibliográfica realizado por um grupo de alunos da Unesp- Ilha Solteira, para a matéria de Ecologia e Gestão Ambiental, e tratar mais deste assunto que é de interesse de muitos.
MANEJO DE PLANTAS INVASORAS
É conhecido vários manejos de plantas
daninhas que dão resultado muito bom, entre eles os principais que são
utilizados são os a base de produtos químicos, os conhecidos herbicidas, dai
encontramos vários tipos, pra folha larga, pra folha fina, seletivo, não
seletivo. E encontramos uma gama de produtos destinado para essa função, porém
com a agricultura orgânica é diferente, a legislação para certificação orgânica
proíbe o uso de muitos produtos químicos, no qual incluem os vários tipos de
herbicidas, com a limitação de uso destes produtos, o produtor está encontrando
muitos problemas para controlar plantas daninhas no seu cultivo orgânico,
principalmente quando se trata de grandes cultivos, vamos apresentar algumas
alternativas para enfrentar este problema.
Os métodos de controle pode se dividir
entre preventivo, onde se evita a introdução da planta invasora, e os métodos
corretivo, onde se procura eliminar as plantas invasoras.
Métodos Preventivo
Trata-se dos meios de evitar a
infestação destas plantas invasoras, pode ser alteração no calendário de
plantio para que a cultura venha a germinar antes da invasora, evitar o uso de
estercos cujo possa ter um banco de sementes de plantas invasoras, procurar
usar sempre estercos livre desse tipo de banco de semente, fazer uma eficiente
limpeza dos maquinários e implementos utilizados a fim de evitar a disseminação
de sementes e parte vegetativas destas plantas invasoras
Métodos Corretivos
Quando já se deu a infestação, temos
que apelar para os métodos corretivos, esses desde já tem a função de corrigir
o problema e eliminar as plantas invasoras, destes métodos vamos destacar os
que podem ser empregados na agricultura orgânica sem infringir as regras de
certificação.
- Capina ou arranquio manual
Caso a cultura for de uma dimensão
pequena, tais como hortas, não se tem enfrentado muitos problemas, pois o
controle já vinha sendo feito de forma manual, ou mecânica. Onde é utilizado o
uso de enxada, enxada rotativa, ou até mesmo a “catação” manual das plantas
invasoras, porém hoje em dia se tem um custo muito elevado com essas operações
principalmente quando se demanda grande quantidade de mão de obra braçal.
- Calagem
Muitas plantas invasoras tem por
característica se desenvolverem facilmente em solos ácidos e não conseguir um
desenvolvimento em solos de pH neutro, portanto uma boa correção do solo, além
de ser muito benéfico para a cultura, controla uma serie de plantas invasoras,
como carrapicho carneiro, sapé, entre outras.
-Cobertura Morta.
A adição de palhada, melhora a condição
do solo, e faz um excelente controle de plantas invasoras, o fato de manter o
solo coberto dificulta a incidência de luz, necessária pra a germinação e
crescimento da planta.
-Cobertura Viva
Onde se utiliza culturas de grande
poder de crescimento e de abafar as plantas invasoras para formar palhada,
quando for implantar a cultura de interesse é feito uma roçagem, e a própria
palhada cobre o solo evitando a germinação e desenvolvimento de plantas
invasoras, normalmente é utilizado adubos verdes, ou plantas formadoras de
palhadas, como milheto, crotalária, lab-lab, guandu, e outras.
-Cobertura com plástico
Também conhecido como solarização e
empregado em outros manejos como controle de fito patógenos, essa pratica
consiste em cobrir o solo com uma camada de plástico, a fim de evitar o
desenvolvimento de vida pela falta de oxigênio e aumento da temperatura. Existe
um outro tipo de cobertura com plástico onde se usa uma plástico não
transparente, no canteiro de cultivo, e é feito uma furo neste plástico no
local onde vai ocorrer o transplante das mudas, muito utilizado no cultivo do
morangueiro.
-Cultivo mecânico
Consiste no emprego de técnicas
convencionais de controle utilizando cultivadores, arados, grades, tracionado
por tratores ou animais, tem uma boa eficiência, porem faz o revolvimento do
solo, que não é das práticas mais indicadas na agricultura orgânica, mais não
vem encontrando proibições.
-Plantas alelopáticas.
Uso de plantas que que estabelecem
relações alelopáticas, em que uma planta inibe a germinação e desenvolvimento
de outra por meio de excreções de compostos químicos. Há uma liberação de
substâncias químicas inibidoras, como os compostos fenólicos, que podem ocorrer
secretados na parte subterrânea de plantas em crescimento ou liberadas por
plantas mortas em decomposição.
-Roçadeiras
Roçadeira é um manejo bastante
empregado, seu uso é de muita importância, pois além de realizar o controle das
plantas invasoras, mantem a massa verde sobre o solo, que será decomposta
fazendo a ciclagem dos nutrientes, além de que a palhada formada cobre o solo
sendo um meio de conservar o solo.
-Rotação de culturas
A rotação de cultura enfraquece a
prosperidade das plantas invasoras, pois a monocultura faz com que as plantas
invasoras se torne persistente, e acaba se perenizando devido ser realizado
sempre o mesmo manejo. Além de que a rotação de cultura proporciona um melhor
aproveitamento dos nutrientes do solo, e reduz a incidência de doenças e
moléstias.
-Outros manejos
Além destes mais convencionais existem
outros manejos que podem ser empregados na agricultura orgânica, que podem ser:
desidratação através do uso de lança chamas, vapores de água em altas
temperatura, e o uso de EM4 um herbicida biológico seu uso se dá após uma
gradagem e a aplicação é feita na rebrota das plantas invasoras.
Referencias:
PENTEADO, Silvio Roberto. Agricultura Orgânica. Piracicaba Sp: Esalq/usp, 2011. 44 p. (Serie Produtor Rural). Disponível em: <http://goo.gl/bH4cMs>. Acesso em: 15 nov. 2013.
Trabalho de: Adriano F. Dorigan, Lucas H. C. Toniolo, Luis A. Sanches, Sabrina A. Santana.
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