segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Colheita da soja Intacta RR2 PRO, da Monsanto, já começou no Brasil

Produtor de Mato Grosso afirma que a redução na aplicação de defensivos e na contratação de mão-de-obra no manejo torna a tecnologia Intacta 8% mais vantajosa



A nova tecnologia de soja desenvolvida pela Monsanto chega ao mercado com novo modelo de comercialização. A tecnologia da variedade foi desenvolvida principalmente para o plantio nos países da América do Sul e a primeira colheita desta segunda geração de soja transgênica, a Intacta RR2 PRO, já começou no Brasil.

Depois de 11 anos de pesquisas em cerca de 1.500 campos experimentais espalhados por 14 Estados brasileiros, a multinacional realizou a primeira colheita da variedade. A nova tecnologia apresenta tolerância ao herbicida glifosato, produtividade de cerca de seis sacas a mais por hectare em relação às demais variedades de soja e resistência às principais lagartas que atacam a soja. A planta resistiu à atual maior vilã dos sojicultores: a lagarta Helicoverpa armigera.
– A tecnologia Intacta foi desenvolvida para controlar as quatro principais lagartas da cultura, que são as pragas primárias, então a lagarta da soja, a lagarta das maçãs, a broca das axilas e a falsa medideira. Na ultima safra, com a pressão forte da helicoverpa, voltamos para os laboratórios para estudar. Nesses estudos, em cada de vegetação e nos laboratórios da Monsanto, conseguimos comprovar a supressão da helicoverpa e também da lagarta elasmo – explica a gerente de Biotecnologia de Soja da Monsanto para a região do Cerrado, Suzeti Ferreira.
– Em relação à helicoverpa, a soja Intacta confere supressão, que pode ser entendida como um controle parcial, ou seja, ela tem uma maior eficácia com as lagartas neonatas, as lagartas pequenas que estão na cultura – destaca o líder de Manejo de Resistência de Insetos da Monsanto, Renato Carvalho.
Uma das propriedades usadas como referência é a do seu Marino Franz, em Ipiranga do Norte (MT). Dos 14,5 mil hectares plantados com soja, cerca de 2,6 mil foram cultivados com a nova tecnologia. A variedade custa 70% a mais que as sementes existentes no mercado. Para o produtor, a redução da aplicação de defensivos e do uso de mão-de-obra no manejo fazem a tecnologia ficar 8% mais vantajosa.
– Conseguimos, efetivamente, do plantio a colheita, não gastar nenhum centavo com inseticida para combater a lagarta. Então, foi um resultado muito bom. Estamos muito contentes e surpresos com essa nova tecnologia. Vamos continuar evoluindo, quem vai dizer o tamanho da propriedade é o mercado. Nao tendo restrições de mercado, é um caminho sem volta – conta o produtor.
Gilberto Eberhardt, em Lucas do Rio Verde, também em Mato Grosso, plantou cerca de 500 hectares com soja e reservou 85 hectares para experimentar a nova tecnologia. Na última safra, ele conseguiu uma produtividade média de 54 sacas por hectare, mesmo com condições não muito boas de clima na época de colheita. Este ano, ele espera chegar a 60 sacas por hectare nas áreas com o experimento.
Enquanto ele chegou a gastar cerca de R$ 200,00 por hectare com inseticidas na área de soja comum, no plantio com a nova tecnologia, ele não usou nenhum tipo de agroquímico e, mesmo assim, a planta resistiu às pragas. Pelas contas do produtor, o que foi economizado com os inseticidas já deu para custear as sementes utilizadas e, por essa razão, ele pretende expandir para até 85% a área plantada com esta nova tecnologia.

– Na área de Intacta, não tive nenhum problema, não vi desfolha ou algum tipo de lagarta. Na área de soja comum, vi de 12 a13 lagartas direto – acrescenta Eberhardt.
Nessa primeira safra, foram disponibilizadas cerca de um 1,2 milhão de sacas de sementes da soja Intacta RR2 PRO. Para os produtores interessados, a nova tecnologia da soja chega ao mercado com um novo modelo de comercialização, definido pela empresa portadora da patente, a Monsanto.
– O produtor que for comprar Intacta no seu distribuidor de preferência ou no seu multiplicador já paga a tecnologia junto com a semente, o que facilita a vida dele, porque ele pode calcular rapidamente quanto é a tecnologia e o quanto pode agregar – conclui Suzeti Ferreira.

Via Canal Rural

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